Junto com a primavera, outubro traz também a memória de duas datas importantes: o dia 2 marca os 21 anos do Massacre do Carandiru, e no dia 5 completam-se 25 anos da Constituição Federal. Consideramos estas duas datas bastante simbólicas do processo de violação de direitos e de extermínio que os de baixo vivenciam cotidianamente em nosso país. Sendo assim, nos pareceu este um momento propício para colocarmos na rua os primeiros passos públicos de uma articulação autônoma e horizontal que vem se organizando já há alguns meses para discutir a urgência da desmilitarização da polícia e de nossa sociedade. Composta por Coletivo DAR; Comitê contra o Genocídio da População Preta, Pobre e Periférica; Frente de Esculacho Popular; Mães de Maio; Margens Clínicas; Periferia Ativa, Rede 2 de Outubro, e também por uma série de indivíduos, esta articulação não é uma instituição e nem pretende fazer disputa política no sentido de autoconstrução ou disputa de espaço: queremos fortalecer o livre debate em busca da mudança da mentalidade militarista, e também fomentar ações diretas e autônomas que trabalhem neste sentido. Em 2 de outubro de 1992, no mínimo 111 homens presos e desarmados foram brutalmente executados por policiais militares fortemente armados, fato nomeado historicamente como o “Massacre do Carandiru”. Passados 21 anos, o Estado não se responsabilizou por seus atos e a política de encarceramento em massa segue escandalosamente dura e desumana. É neste sentido que nos somamos à Rede 2 de Outubro a fim de denunciar e debater as origens e o significado das terríveis condições de encarceramento, do caráter seletivo do sistema penal e prisional, do uso desmedido da violência pelo Estado com evidente corte racial e de classe, entre outras graves questões que a lembrança daqueles atos revivem. Um quarto de século após a aprovação da suposta Constituição Cidadã, seguimos vivendo em um Estado penal-militar que implementa a “democracia dos massacres”. Os ventos de junho trouxeram novas propostas e expectativas, e cabe a nós fazer jus a estas esperanças, atuando não necessariamente a partir de unidades e consensos forçados, mas tendo como base as demandas de resistência e transformação que brotam concretamente de nosso fazer político. O convite não é para formarmos uma organização nem para disputarmos sua direção: convidamos vocês a chegarem junto na luta, a perguntar caminhando, a dizermos chega! SEMANA CONTRA A DEMOCRACIA DOS MASSACRES 2/10 (21 anos do Massacre do Carandiru)> PELO FIM DOS MASSACRES: + 10h, sindicato dos jornalistas > coletiva de imprensa com atingidos pela violência estatal + 17h, MASP> ato indígena> Comissão Guarani Yvyrupa + 17h30, teatro municipal> ato contra a militarização da Câmara, comitê contra o genocídio da população pobre e preta 5/10 (25 anos da constituição)> CONTRA O ESTADO PENAL-MILITAR 13h30> tribuna livre sobre o genocídio 15h30> memória e resistência: ato pelo fim dos massacres
Correrio da Cidadania 6 /10/2013 Contra “democracia das chacinas”, movimentos sociais se articulam pela desmilitarização das polícias
Agencia Brasil 5/10/2013, 17h01 Ato lembra 21 anos do Massacre do Carandiru e pede desmilitarização do Estado
Brasil de Fato 7/10/2013 “Se ferirem nossos corações, vamos gritar”, diz sobrinha de Amarildo
TVT 7/10/2013 SPTV 5/10/2013 Integrantes de movimentos sociais fazem protesto contra violencia poilcial
TV Brasil 2/10/2013 Movimentos sociais lembram massacre do Carandiru
TV Cançao Nova 2/10/2103 Em SP, ato pela desmilitarizaçao da policia
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